É engraçado notar como os instrumentos vem e vão. Transitam pelo samba nas mais diferentes épocas e a cada nova geração a formação dos grupos e o modo de como fazer samba vai se alterando.
Nos primórdios da coisa, na época do 'samba maxixado', o samba utilizava pandeiro, tambores e tamborins, além de cavacos e violões.
Após a segunda guerra mundial, foram incorporados instrumentos muito utilizados América do Norte como flauta, saxofone, trombones e outros de sopro.
A cada geração, o samba incorpora e perde instrumentos valiosíssimos para o seu som como o prato, cuíca, repique de mão e de anel e por aí vai.
Ficaram muito comuns, após os anos 70, as formações de samba com repique, pandeiro, cavaco, violão, banjo e tantã, fruto da influência do Grupo Fundo de Quintal.
São tempos que não voltam mais, mas o importante da história, para mim, é o resultado, que é o mesmo se presarmos pela qualidade da música tocada, em vez de nos prendermos ao show business.
Não sou a favor de caixas em outro lugar que não seja nas escolas de samba, que são uma fonte de barulho tremenda quando caem em más mãos. Antes, fico com cavaco, violão, pandeiro, surdo e tamborim, perfeitos pra um samba de terreiro para se cantar no gogó. Mas, como diria Candeia, vale é saber se tens samba na veia. E que a chama não se apague.
A chama não se apagou
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