O sambista perfeito devia nascer com a luz de Candeia
Que animava o terreiro em noite de chuva ou de lua cheia
E ainda ser valente sem dar bofetão, cabeçada ou rasteira
Mas brigar pela arte, a parte melhor de Geraldo Pereira
Elegante do jeito Paulinho
Cativante do jeito Martinho
Ser malandro e contagiante do jeito Zeca Pagodinho
Orfeu intuitivo, senhor e cativo nas artes do amor
A vida aventureira e no bolso a carteira de trabalhador
Um lenço muito bem perfumado
O sapato de cromo engraxado
O sambista completo devia ser neto dos antigos bambas
Mente aberta no corpo fechado
Contra plágio, pedágio e muamba
O sambista perfeito devia ser feito à imagem do samba
A chama não se apagou
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