Da melhor qualili


Feriadão. Mais quatro dias sem trabalho e o que pensa uma típica família paulista? Praia. Correto. Então lá fui eu dar uma segunda mão na pigmentação.

Como todo bom sambista, não posso escutar um batuque ritmado na mesa do bar que me aproximo para verificar se está rolando um pagode.

Em meio às caminhadas no calçadão, ouvi um barulho, isso mesmo, barulho. Bateria e mais um monte de instrumentos, dentre eles um rebolo que estava apanhando do tocador (o que fazia com que o som das cordas sumisse e o vocalista se matasse para cantar músicas em tons muito acima do ideal para sua voz).

Bom, desisti. Fui para a pista de skate que devia estar mais interessante. Na volta passei pelo ‘sambagunça’, pra ver se tinha melhorado, e encontrei um amigo (que me fez resistir por lá por algum tempo, mas desisti novamente).

Bagunçar o samba é comparável a xingar a mãe. Alcione cantou: não deixe o samba morrer, eu cantaria: não mate o samba ou, como canta Diogo Nogueira: façam um samba da melhor qualidade. Felizmente, encontrei duas outras rodas que fizeram valer a viagem, com um samba da melhor qualili.

A chama não se apagou

@camposdennis

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